segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

O Tabernáculo de Emanu-El

“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e eles o chamarão pelo nome de Emanuel, que traduzido é: 'Deus connosco'” (Mateus 1:23).

 

E, se disser que a verdadeira data do nascimento do Salvador foi 29 de setembro, data à época, e não o 25 de dezembro?


Usando as Escrituras, podemos datar o nascimento de Emmanuel, o dia da manifestação de Deus em carne, com o nome de Jesus.

Primeiramente, temos de saber que o calendário de Israel é um calendário lunar, e o início dos meses ocorrem nas luas novas. Também, devemos saber que, por causa disso, o primeiro mês do calendário de Israel é Nissan, que corresponde ao nosso março/abril, o calendário gregoriano.

Ora, o pai de João Batista, Zacarias, era sacerdote, “da linhagem [ordem] de Abias" (Lucas 1: 5). Sob a instituição do rei Davi, os sacerdotes de Israel foram organizados em 24 turmas (I Crônicas 24: 7-19). Um sacerdote de cada turma servia uma semana no ministério do Templo (e assim servia uma semana duas vezes por ano). O calendário de Israel começava com Abib/Nisan, equivalente a 16 de março a 15 de abril (Êxodo 12: 1-2; Êxodo 13: 4). A Páscoa foi observada em 14 de abril, iniciando, assim, o calendário religioso de Israel.

A semana da Páscoa (A Festa dos Pães Asmos) durou de 15 a 21 de abril. O primeiro grupo de sacerdotes serviu no Templo nessa época. A turma de Zacarias, que era da linhagem de Abias, era a oitava turma após a Páscoa (I Crônicas 24: 10), colocando assim o serviço de Zacarias aproximadamente oito semanas após a Páscoa (ou 17 a 23 de junho). Este foi o momento em que o anjo do Senhor apareceu a Zacarias para anunciar a conceção de João (Lucas 1: 8-22). Assim que Zacarias e sua esposa Isabel terminaram o serviço da sua turma foram para sua casa nas montanhas da Judeia, e Isabel concebeu João (final de junho - Lucas 1:23-25).

Seis meses depois que Isabel concebeu João no final de junho (Lucas 1: 26), Maria concebia Jesus - no final de dezembro. Assim, o final de dezembro não foi a data do nascimento do Senhor Jesus, mas da Sua conceção pelo Espírito Santo. A conceção de Cristo no ventre de Maria (não como a igreja católica romana ensina, que é a conceção de Maria no ventre de sua mãe) é uma conceção imaculada: foi a conceção de Cristo, e não de Maria, que aconteceu sem pecado (Lucas 1: 35), pela virtude do Altíssimo.

Este sim, foi o grande milagre de Deus: não o nascimento do Senhor, pois Ele nasceu como qualquer criança nasce, mas a Sua concepção, que foi especial e única, pela virtude do Altíssimo. A gestação do Senhor terá ocorrido no início do solstício de Inverno, que normalmente ocorre entre 20 e 22 de dezembro, o dia mais curto do ano, e a noite mais longa do ano. Este ano de 2022 o solstício de inverno começou às 21:45 horas do dia 21. Estes factos apontam para circunstância de, no período mais negro da humanidade, é enviado ao mundo a Luz dos homens (João 1: 4).

Se uma gestação humana perfeita dura 280 dias (9 meses - 8 x 24 ou 4 x 48), o final de março teria sido a data do nascimento de João, o Batista, e a data do nascimento de Jesus, o Emanu-El, seria seis meses depois, ou seja, no final de setembro/início de outubro, que coincidia com a data da festa dos Tabernáculos. 

Durante esta época do ano, lembremo-nos, que Deus tinha determinado a Israel que observasse a Festa dos Tabernáculos, habitando em “cabanas” (tendas, tabernáculos) por oito dias, mais um especial, ou seja, oito dias efetivamente (Levítico 23: 39-44), sendo o primeiro e o último os grandes dias da festa (v. 39). Dias esses que indicavam o nascimento e a circuncisão do nosso Senhor Jedus Cristo. Alguns estudiosos da cronologia bíblica indicam que os dias de festa à época teria sido entre 15 e 21 de Etanim/Tishrei, ou seja, entre 29 de setembro e 5 de outubro. Este ano de 2022 a festa dos Tabernáculos iniciou a 15 de Etanim/Tishrei, que correspondeu ao dia 9 de outubro do calendário ocidental, gregoriano.

Enquanto Israel celebrava a festa dos Tabernáculos em setembro/outubro, Deus estava a fazer a Sua tenda entre os homens, e nasceu como um homem (Jesus Cristo) da virgem Maria e habitou (“tabernaculou”) entre nós! Infelizmente, muito poucos judeus prestaram atenção ao calendário bíblico e aos Escritos sagrados, quanto à data do nascimento de Jesus, o “Emanuel”, o “Deus connosco”. O povo de Deus estava "perdido" no tempo, desconhecendo os seus sinais, ignorando que “Deus estava habitando entre eles” (João 1:14). Exceções, algumas, poucas, como foi o caso de Simeão e Ana (Lucas 2: 25-40) que, por revelação do Espírito de Deus (penso que através das Escrituras) entenderam que aquela seria a data do nascimento do Senhor e, estavam no templo, à espera da Sua presença para os ritos religiosos da circuncisão e da consagração do primogénito.

 

«E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai» (João 1: 14).

"Habitou", gr. 4637 skhnow, significa "instalar uma tenda" ou tabernacolou, como referência à montagem de uma tenda, analogia direta à festa dos tabernáculos.

Esta é uma das evidências que se tratava da época da festa dos tabernáculos, pois como se tratava de uma festa obrigatória para os filhos de Israel, e havia muita concorrência a Jerusalém nesses dias, que chegava a juntar um milhão de pessoas, e muitas vezes mais, fazia que não houvesse lugar na estalagem para o Senhor nascer (Lucas 2: 7), razão porque José e Maria não acharam lugar numa estalagem para o Senhor nascer, e que prova que o Senhor nasceu nesta época e não noutra!

Aqui, também, encontramos uma grande lição. O Tabernáculo, primeiramente, e o Templo de Jerusalém foram, em tempos, as moradas de Deus. Mas, essas moradas eram figuradas e provisórias da verdadeira morada de Deus. Por isso, todo o tabernáculo era e tudo o que o compunha apontava e falava da pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo. Agora, o próprio Senhor Jesus Cristo era a morada de Deus, pura e santa. Ele era a Imagem exata de Deus, pois fora "construído" (gerado) à imagem do Pai (Colossenses 1: 15; Hebreus 1: 3).

Mas, não foi somente por isso. O facto do Senhor nascer numa manjedoura pode querer indicar que, como se tratava do período da festa dos tabernáculos, o Senhor não poderia nascer numa casa ou estalagem, mas nascer numa manjedoura, numa tenda improvisada para cumprir os dias que se viviam de festa e, assim, estar dentro da legalidade de Deus. O Senhor estava a habitar na Sua tenda sagrada, cumprindo o dia da festa dos tabernáculos. Não ignoremos que José e Maria iam todos os anos a Jerusalém no período das festas (Lucas 2: 41).

É interessante reflectir que as únicas festas judaicas detalhadas nos evangelhos são a Festa dos Tabernáculos (João 7), que apontam para o nascimento do Senhor (ver v. 37-39), e no seu aniversário Ele ia à festa, e a Festa da Páscoa (João 13-20), que apontava para a Sua morte. 

Outro facto importante que releva esta data como a verdadeira data do nascimento do Messias de Israel e o Salvador do mundo é a presença dos pastores no campo com os seus rebanhos. Dezembro está fora de toda a possibilidade. Fim de setembro/princípio de outubro é uma data normal para o pastoreio em Israel.

Estas são algumas, entre muitas outras, provas que poderiam ser apontadas, mesmo históricas, demonstrativas da verdadeira data do nascimento do Senhor.

 

VFP

2022/12

Resumo de Estudo "Verdadeiro Natal"

 


sábado, 24 de dezembro de 2022

Natal, Um Ato de Amor

 

Natal

Um Ato de Amor, de Humildade e de Sabedoria

 

Quais seriam os atos de um Deus perfeito?

Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. (Gálatas 4:4 ,5 ARC).

 

No tempo determinado pelo Eterno conselho de Deus, o Senhor Jesus Cristo foi enviado ao mundo. Tudo sob o controlo divino, não uma reação fora de tempo!

 

1º UM ATO DE AMOR

Normalmente olhamos o “Natal” na perspetiva do Filho: o nascimento do Filho de Deus! E, esquecemos o lugar do Pai Divino. Mas, a verdade é que, antes de olharmos o natal do Filho, deveríamos olhar o natal do PAI, como está escrito:

«Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu…» (Isaías 9:6).

E, palavras do próprio Senhor, que disse:

«Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste» (Hebreus 10:5)

 

E, nesta perspetiva do Pai se destaca o motivo que o levou a enviar o Filho ao mundo: o AMOR. Por isso, o “Natal” (não a data, mas o nascimento do Senhor Jesus Cristo como ser humano) é um ato do amor de Deus. E, lemos:

«Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho…» (João 3: 16).

«Deus prova o Seu amor por nós em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores». (Romanos 5: 8).

 

Porque, no alto e eterno conselho de Deus, o envio do Senhor Jesus Cristo a este mundo representava a Sua morte às mãos das suas criaturas e da Sua criação!

 

2º UM ATO DE HUMILDADE

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus". "Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez".

"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade". (João 1: 1-3, 14).

Ou seja, o Senhor ao criar o mundo estava a preparar o Seu caminho para vir a ele e para a Sua morte. E, este foi um ato de humildade, porque o Senhor desceu à condição mais baixa e ínfima da Sua criação. Não havia nada mais baixa para descer e ser humilhado, porque Ele se humilhou a si mesmo!

 

"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que, também, Deus (Pai) o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome". (2: 4-9).

 

3º UM ATO DE PODER E SABEDORIA

Deus mostra o Seu poder não na grandeza e em coisas grandes, mas nas pequenas coisas e nas coisas fracas! Cristo nasceu em fraqueza e morreu em fraqueza, para que se manifestasse o poder de Deus!

"E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus" (Lucas 1: 35).

"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo".

"E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo". (Mateus 1: 18, 20).

Isto está escrito para nos mostrar que o nascimento e a ressurreição do Senhor Jesus Cristo foram os maiores atos de Deus, por isso, eternamente programados por SI MESMO.

Todos estes atos de Deus são acompanhados por uma grande sabedoria!

Deus apanhou os sábios na sua própria sabedoria, usando as coisas loucas do mundo para confundir as fortes! E Deus usou as coisas fracas deste mudo para confundir as fortes!

Este aspeto é muito significativo porque, desde as Palavras de Deus de Génesis 3: 15, que os adversários de Deus fizeram tudo para impedir o Seu nascimento; mas a sabedoria e o poder de Deus confundiu os adversários pelo caminho da humildade; e, quando todos esperavam os Seu nascimento num palácio e num berço de ouro, o Senhor nasceu isolado, em local “desconhecido” e ignorado por todos! Mas, ali, estava o gesto da sabedoria e do poder de Deus!

 

A mensagem de Deus é que temos de nos identificar com o AMOR de Deus, na salvação; na humildade de Cristo na experiência da Salvação; e no PODER e SABEDORIA do Espírito Santo para nos proteger e levar-nos para a Sua presença.

 

VFP

(Resumo de Mensagem de Natal, 2022/12)

 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Quem Decide Ser Salvo?

A salvação de Deus é imposta? Deus vai impôr a Sua salvação aos incrédulos? Serão, obrigatoriamente, todos salvos?

Vamos analisar algumas questões que espero que ajude os amados de Deus a entender o "Espírito de Deus" e a "Mente de Cristo":

Vejamos os textos:

"Eu quis... mas tu não quiseste!"


"E chamou os que quis..."

Noutra ocasião o Senhor diz que estes que escolheu foram os que o "Pai lhe dera... e nenhum se perdeu... senão o filho da perdição" (João 17: 12).


"E não quereis vir a mim..."

A "vontade" é fundamental! A vontade do Pai, a vontade do Filho e a vontade dos interessados. Neste caso, é aquilo a que chamamos, comummentemente de "livre arbítrio".

Livre arbítrio é o poder que cada indivíduo tem de escolher suas ações, que caminho quer seguir. A expressão "livre arbítrio" não está na Bíblia, no entanto, em diversas passagens podemos ver que Deus dá ao ser humano o poder de escolha.


Outra questão imprescindível é a fé, o ato de compreender e crer, confiar em Deus, ou seja, na Sua Paravra, confiar no que Ele diz, quanto à salvação.

Exemplos:




Notem: todos viram e experimentaram a libertação do Egipto, mas nem todos entraram na bênção. Deus não se agradou da maior parte deles...

Hebreus 3, falando destes episódios diz que foi por causa da sua incredulidade...
COMO FIGURAS... COMO EXEMPLO...
E, diz, que a causa principal de não participarem do repouso de Deus foi a sua incredulidade...



Mas, poderão dizer: este era o modelo para o programa profético. No período ou ERA da graça o modelo é diferente!!! Será?

Não citou Paulo que os casos utilizados eram figuras e exemplos?

Outros exemplos:
Romanos 10: 8-13; I Coríntios 15: 1-4; II Coríntios 5: 18 -6: 3; Efésios 1: 13-14; Colossenses 2: 6.




Um dos textos mais utilizados pelos Universalistas é II Coríntios 5. Analisemos:


Neste texto o apostolo aborda 2 coisas: (1) o plano de Deus para hoje, o "DIA DA SALVAÇÃO" (6:2), o "plano da reconciliação"; e, (2) o ministério/serviço implícito desse plano que foi confiado a Paulo, o "Ministério da Reconciliação", que consistiu em divulgar a Palavra ou a Mensagem da Reconciliação ao mundo.
Ministério > Embaixadores > Cooperadores > "Vos rogamos" = "não recebais a graça de Deus em vão".

Ora, se a bênção da reconciliação e paz com Deus fosse indiscriminada e sem necessidade da fé, porque ele diz:
- "Reconciliai-vos com Deus..." e,
- "Não recebais a graça de Deus em vão..."

Outras expressões com relevância são:
"DEUS ESTAVA EM CRISTO..." e,
"Os que estão em Cristo..."

"Somos embaixadores em nome de Cristo..." e,
"Em nome de Cristo vos rogamos..."

Assim, não deixa dúvidas que, se bem que a proposta da reconciliação seja universal para a humanidade, só os reconciliados que estão em Cristo é que irão desfrutar dessa bênção. E, disso Deus deu prova com os exemplos que encontramos nas Escrituras: sejam os exemplos que apontam para o castigo futuro e final, como exemplos das bem-aventuranças dos eleitos de Deus nas diversas esperanças: terrenas e celestiais. 

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Deus é Poderoso

"A nossa capacidade vem de Deus..." 
(II Coríntios 3: 5).

Paulo declarou, com a autoridade que o Soberano Senhor lhe conferiu: "Deus é capaz"!

Muitos cristãos parecem acreditar em um Deus incapaz, por mais estranha que seja a contradição.

Paulo, quando recebeu o ministério do Senhor glorificado, transmitiu a grande a verdade de que: (a) Só Deus Capaz de realizar todas as cousas; e, (b) Só com Deus é possível vermos realizado os seus propósitos na nossa vida.


Deus é poderoso, ou capaz de realizar o que prometeu que faria:

“... estando plenamente convicto de que Ele era poderoso para cumprir o que prometera" (Romanos 4:21).

Também disse: "Estou plenamente certo de que aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus" (Filipenses 1: 6, JFA RA).


Deus é poderoso ou capaz de confirmar toda a nossa vida na Sua Palavra para a presente ERA da Graça, seja no Evangelho para salvação, seja para o atual modelo de vida e esperança:

“Ora, Àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos..." (Romanos 16:25).


Deus é podetoso ou capaz de nos manter em pé, face a todas as adversidades:

“… porque, poderoso é Deus para o firmar..." (Romanos 14:4, JFA, RC).

Por isso, diz: não queiras ser juiz do teu irmão, fazendo-te substituir ao Senhor. Isso é um abuso. Nós estamos em pé owla fé e graça, não por méritos próprios... e pensamos que os méritos são nossos ou que valemos alguma coisa! Por isso, também não sabemos os propósitos de Deus na vida de um irmão e o trajecto que Deus tem para ele na sua formação e crescimento. Oremos por eles e demos graças a Deus  pela Sua graça em nós!


Deus é poderoso ou capaz de fazer abundar toda graça em nós:

“… E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça; para que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra” (II Coríntios 9: 8).

Por isso, ninguém pode se queixar por falta de graça... e podemos dizer, como o Autor divino escreveu: "a minha graça te basta..." (II Coríntios 12: 5-10). Podemos nos queixar, isso sim, por não nos apropriarmos devidamente da Sua graça e a desperdicarmos, no nosso dia a dia, como disse: "não recebais a graça de Deus em vão" (Idem, 6: 1).


Deus é poderoso ou capaz de fazer tudo, muito mais, além, do que pensamos:

Ora, Àquele que é poderoso para fazer tudo, muito mais, abundantemente, além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera” (Efésios 3:20).

Estou convicto que a mente do escritor reportam-se aos factos relatados em Filipenses 3: 20-21, na vinda do Senhor para arrebatar o "Corpo de Cristo": "Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória...".


Deus é poderoso ou capaz de subjugar/sujeitar, a si mesmo, TODAS as coisas:

“… segundo a eficácia com que pode até mesmo sujeitar a si todas as coisas” (Filipenses 3:21).

Por isso, podemos descansar no Senhor, sabendo que "quer vivamos, quer morramos, somos do Senhor" (Romanos 14: 8), e "nada nos separara do amor de Deus que está em Cristo Jesus,  nosso Senhor" (Romanos 8: 39).


Deus e poderoso para guardar o nosso depósito até aquele dia...

"Por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia" (II Timóteo 1: 12).

"Depósito" ou o nosso "ganho" até ao "Dia", onde exibirá o nosso trabalho e nos conferirá a respetiva recompensa. A este propósito,  Paulo ainda escreveu:
"Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda". (Gr. "Epifaneia") (II Timóteo 4: 8).

Atenção que a "epifaneia" é a referência à manifestação do Senhor glorificado no âmbito da revelação do "Mistério" ou segredo, a manifestação do Senhor ou a vinda do Senhor para a Igreja "Corpo de Cristo" e nada tem a ver com a vinda do Senhor profetica, ou revelada nos profetas, para Israel e para o mundo ser restaurado. Esta manifestação do Senhor não estava profetizada e, como a profetica, tem duas fazes: (a) primeira fase: quando glorificado se manifestou a Paulo e lhe revelou o Evangelho da Graça (II Timóteo 1: 10, a mesma palavra "epifaneia"), e classificada como "fora do tempo" (profetico) (I Coríntios 15: 8), não profetizado... e, (b) segunda fase: a vinda do Senhor para raptar a Sua Igreja "Corpo de Cristo" da Ira iminente:
"Aguardando a bendita esperança e a manifestação (epifaneia) da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus" (Tito 2: 13).

 Por isso, nos exorta a Palavra da Graça: a estar atentos à "epifaneia" do Senhor e ao que ela representa para o "Corpo de Cristo"... e não perdermos a coroa que nos está dedtinada e o Senhor a dê a outro... 

A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o nosso espírito .

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

O Universalismo: Análise de I Corintios 15: 22


"Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder" (I Coríntios 15: 20-24).


Este é um dos textos que os "universalistas" se baseiam para defender a teoria que, no fim de tudo, todos serão salvos, reconciliados ou restaurados, conforme a orientação de cada corrente.

Faz-me recordar as palavras de Satanás a Eva, quando o Senhor lhe havia dito: "não comerás... porque...", quando ele contrapôs: "não será assim... mas..."

A verdade é que, nem o texto nem o contexto aponta para qualquer reconciliação universal ou sugere que tiremos tal conclusão.

E, o argumento é o seguinte: "todos são todos"!
Mas, será assim?


Segundo o Dr. James Strong, o termo "todos", no grego "PAS", significa "todos" mas não em termos absolutos, pelo significado que os diversos usos tem na palavra. São os usos da palavra que lhe dão o seu significado. Senão vejamos:

"Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos" (Mateus 2: 16).

"Então, saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão" (Mateus 3: 4).

"Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo" (Mateus 4: 23).

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" ( Mateus 11: 28).

"De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assentado, os ensinava" (João 8: 3).

"Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar" (Atos 1: 1).

"Porque, em tudo, fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento..." (I Corintios 1: 5).

"A fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade..." ( Efésios 3: 18).

Estes são alguns exemplos das centenas de ocorrências em que a palavra é empregue pelos diversos autores das escrituras gregas e onde vereficamos que o "todos" não deve ser entendido como absoluto, mas para se referir em termos genéricos,  ou a "todos" de um grupo.

Neste sentido concordam os dicionários:
James Strong:
"3956 pás – cada , cada ; cada "parte(s) de uma totalidade" ( L & N , 1, 59.24).
3956 /pás ("cada, cada") significa "todos" no sentido de "cada (toda) parte que se aplica". A ênfase do quadro total, então, está em "uma peça de cada vez". 365 ( ananeóō ) então se concentra na (s) parte ( s ) que compõem o todo – vendo o todo em termos das partes individuais .
[Quando 3956 ( pás ) modifica uma palavra com o artigo definido, tem força "extensivo-intensivo" – e é direto intensivo quando falta o artigo definido grego].

Léxico grego de Thayer:
"Qualquer,  cada um (a saber, da classe denotada pela norma anexa a "pas"); com o singular: como "pãv dendron", Mateus 3: 10; (...).

Daqui concluímos o sentido das palavras do texto com o apoio do contexto: "como todos os que estão em Adão morrem, todos os que estão em Cristo serão ressuscitados". É assim que o apóstolo começa o capítulo, definindo o teor do Evangelho (crer ou não crer), é esse o conteúdo do capítulo (estar ou não estar em Cristo,  pela fé / por crer), e, assim termina o capítulo: a ressurreição dos "NÓS" que estivermos mortos em Cristo ou vivos em Cristo.

Alem disso, a ideia literal é expressa por algumas versões modernas e de linguagem corrente:

Nova Versão Internacional: "Porque, assim como todos morrem em Adão, assim todos serão vivificados em Cristo".
Nova Tradução Viva: "Assim como todos morrem porque todos pertencemos a Adão, todos os que pertencem a Cristo receberão uma nova vida".
Good News Translation: "Porque, assim como todas as pessoas morrem por causa de sua união com Adão, da mesma forma todos serão ressuscitados por causa de sua união com Cristo".

O contexto: o contexto é muito ilucidativo. Paulo, depois de dizer que "todos serão ressuscitados em Cristo", vai esclarecer que, não são todos em absoluto que serão vivificados por Cristo, mas, todos os que são de Cristo, na Sua vinda!

"Porém, cada um, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. E, então, virá o fim..." (v. 23).

"Porém...", grego: "de", é uma conjunção adversativa, distintiva, disjuntiva, para dizer que, os "todos" são aqueles que "são de Cristo".

Então: Nem todos os que estão em Adão morrerão, porque alguns serão lançados vivos no lago do fogo, mas, "estão condenados a morrer", como em Efésios 2: 1, e nem todos serão vivificados por Cristo, porque muitos entrarão vivos no Reino Celestial e no Reino Milenial, mas que "estão destinados à vida", como em Efésios 2: 6.

O texto de I Corintios 15: 23 explica o texto do versículo 22 e aplica-o escatologicamente: Cristo, primeiro... e os de Cristo... depois! Os demais nunca são referidos neste capítulo para que sejam vivificados, mas participarão num despertamento a que é chamada, ela mesma, "segunda morte..." é um tipo de vida morta... não serão verdadeiramente ressuscitados. Uma, dos santos extra Corpo de Cristo, é chamada de primeira ressurreição; a outra é chamada de segunda morte (Apocalipse 20: 6, 14), os excluidos transdispensacionais, para esclarecer que são realidades totalmente distintas.

Mateus 10: 28 define, claramente, a dimensão destas duas realidades:
"Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no geena tanto a alma como o corpo".

Ou seja: uma é a morte temporária; outra a morte eterna!

Alguns querem sugerir que esta "geena" era uma fogueira em Israel, situada no "Vale do Filho de Hinnon"; mas, não sei como se consegue lançar uma alma numa fogueira! Certamente que o Senhor estava a usar aquela figura, que todos conheciam, para lhes falar da "Geena escatológica", ou seja, o "Lago de Fogo", como muitas vezes o Senhor fazia e nós fazemos igualmente, como figuras de estilo ou figuras de línguagem. Não esqueçamos que o Senhor estava a falar dos últimos dias que se viviam, e da iminente grande tribulação, e da possibilidade de muitos deles serem privados da fé pelo "fecho das portas da oportunidade" e verem-se privados de entrar no reino dos céus na terra... e serem condenados à perdição!

Oportunamente analisaremos mais textos. 
A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o nosso espírito. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

A Maturidade Espiritual

A epistola aos Efésios fala de três plenitudes ( gr. "Pleroma"):

A plenitude da Igreja "Corpo de Cristo":
"E sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre todas as coisas, o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos" (1: 22-23, RC).

A plenitude de Cristo:
"Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo" (4: 13, RA);

A plenitude de Deus:
"E conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus" (3: 19, RC);

A plenitude do Espírito:
"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito" (5: 18, RC, verbo).

Cristo subiu acima de todos os céus para tornar estas plenitudes a todos os seus santos:
"Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas" (4: 10, RA, verbo).

A meta ou o alvo a atingir com a "plenitude" é a maturidade espiritual, a "teleioo" espiritual, que, normalmente, é traduzido nas versões portuguesas por "perfeição".

"Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá. Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos" (Filipenses 3: 12-16).

E:
"... Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes..." (Efésios 4: 13-14)

O oposto ao nível espiritual da "plenitude" é "menino"...
"Para que não sejais mais meninos... em Cristo..."
(Efésios 4: 14; I Coríntios 3: 1-4; 13: 10-13; Gálatas 4: 1-7; Hebreus 5: 11-19).

A nossa sociedade caraloga os estágios ou fases do indivíduo como bebes... crianças... adolescentes... jovens... adultos... anciãos...

Em que fase ou nível te encontras da vida e na experiência espiritual?

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

A Família da Fé

«Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé» (Gálatas 6: 10 - JFA RA).

Paulo apresentou os crentes como sendo uma família – A FAMÍLIA DA FÉ”.

Na 1ª Epístola aos Tessalonicenses, Paulo descreve seu relacionamento com os santos em termos familiares, como o de:

Mãe Gentil - 

«Mas nos tornamos gentis no meio de vós, como se uma MÃE que amamenta estivesse cuidando de seus próprios filhos» (2: 7 - V. Rotherham).

Pai Preocupado -

«Assim como bem sabeis de que modo vos exortamos e consolamos, a cada um de vós, como o PAI a seus filhos» (2: 11 - JFA RA).

Irmão Amado -

«Nós, porém, IRMÃOS, sendo privados de vós por um momento de tempo, de vista, mas não do coração, tanto mais procuramos com grande desejo ver o vosso rosto» (2: 17 - JFA RA).

Muitas das vezes, quando os crentes não reconheciam nem respeitavam o seu apostolado, ele tinha necessidade de falar na base dos afetos, como aconteceu com os coríntios:
«Para vós outros, ó coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Não tendes limites em nós; mas estais limitados em vossos próprios afetos. Ora, como justa retribuição (falo-vos como a filhos), dilatai-vos também vós» (II Coríntios 6: 11-13 - JFA RA).


Os santos não eram conhecidos de Paulo das "redes sociais". Eles não eram seus “paroquianos”. Paulo NÃO via os demais crentes como "primos" ou "irmãos de segunda" ou "irmãos afastados", mas como fazendo parte do mesmo "CORPO" em Cristo, e da mesma família de Deus, como disse:

«Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus» (Efésios 2: 19).

Todos estes que, como nós, invocam o PAI de todos: 

«(Há) Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos» (Efésios 4: 6), pois há somente um PAI de todos e não o Pai que cada um quer para si! E, ESSE PAI é invocado por todos os seus filhos, como diz Efésios 3: 14-15 - 

«Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome...» porque o Senhor os recebeu como seus (Romanos 14: 3) pela mesma fé que lhes deu a eles como a deu a nós e na qual cremos (Efésios 2: 8). Até parece que o mérito é nosso, ou que temos qualquer mérito na nossa salvação ou permanência na vida cristã! A mesma graça que nos salva é a graça que nos sustenta dia a dia.


A gora a parte mais séria:

Paulo diz a Timóteo:

«Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família negou a fé, e é pior do que o infiel» (I Timóteo 5: 8, JFA DO).

E: 

«E vós, irmãos, não vos canseis de fazer bem. Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão» (I Tessalonicenses 3: 13-15).


A verdade é que a forma como tratamos a família e, inclusivamente a família da fé diz tudo o que somos espiritualmente. Estejam atentos! Deus está.



quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Só Pensam nas Coisas Terrenas


"Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais? (Epi+ouranos, supra céus)" (João 3: 12)

Os Santos estão pior que Nicodemos; mestres de grandes teorias, mas ignorantes das coisas básicas!

Disse-lhe o Senhor: "És mestre em Israel e não sabes isto?"

Todos nós sabemos de tudo e temos opinião sobre tudo. Mas, do que é essencial, o que é nosso, nos diz respeito e fala de nós, somos uns completos ignorantes. Por isso, o apóstolo dos gentios usava frequentemente a expressão: "não ignoreis..." e "não sabeis vós...?"

Se é certo que a generalidade dos Santos sabem que vão para o "céu", que a sua esperança é celestial, as "bênçãos" (Efésios 1: 3), a "posição" (1: 19-23), as "funções" (2: 6-10), e "ministério" (3: 10-11), como a sua "batalha espiritual" (6: 12)...
A verdade é que a vida dos crentes está muito influenciada com as coisas terrenas... "só pensam nas coisas terrenas" (Filipenses 3: 19), "pensando nas coisas da terra" (Colossenses 3: 2), com "paixões terrenas" (3: 5), com "tradições de homens e ensinos terrenos" (2: 8, 20), e práticas de cariz terreno (Gálatas 4: 3 e 9)... alimentados através de mensagens de conteúdo terreno, como "fábulas profanas", "judaicas" e de "velhas" (I Timóteo 4: 7; II, 4: 4; Tito 1: 14).

Que esperar de crentes assim? Que igrejas pode o Senhor usar, assim?

Os Santos estão pior que Nicodemos; mestres de grandes teorias e ignorantes das coisas básicas!

Que o Senhor nos ajude a ter a mente sempre nos lugares celestiais, em Cristo Jesus.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Maldade nos Lugares Celestiais?

Porque não temos de lutar contra a carne e o sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas desta Era, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais (Efésios 6:12).

Maldade nas regiões celestiais? “Isso não pode ser”, dirão muitos. Alguns tradutores [como na versão KJV] dificilmente se atrevem a traduzir isso assim, e então mudaram "celestiais" [grego: "επουρανιος, epouranios - epi-ouranios”] para “lugares altos”, ou "alturas", pensando que talvez isso pudesse significar um lugar como Paris, Nova York, Lisboa ou outra cidade terrena qualquer, indozindo a erro os leitores e estudantes das Escrituras. A verdade é que esses lugares celestiais são os mesmos “lugares celestiais” traduzidos noutros textos sagrados, especialmente Efésios (1: 3, 20; 2: 6; 3: 10 e 6: 10). Eles, e muitos outros crentes, também, que não entendem os trâmites dos propósitos de Deus e os times da obra de Deus, pois, não entendem que, onde estão as nossas bênçãos espirituais é, precisamente aí, os lugares, que estão a ser ocupados pelos nossos inimigos espirituais. E, não vão ser os anjos que os vão remover de lá, pois se assim fosse, já o teriam feito. Não tem força ou capacidade para o fazer. Mas, será a Igreja Corpo de Cristo, com a Sua Cabeça, Cristo, que os removerá de lá, quando "Cristo que é a nossa vida se manifestar" (Colossenses 3: 1-4). E, todos os anjos eleitos de Deus esperam esse momento, bem como toda a criação - "pois toda a criação geme... esperando a manifestação em glória dos filhos de Deus (no contexto, o "Corpo de Cristo" - Romanos 8: 16-30). Foi para isto que o Senhor elegeu a Igreja "Corpo de Cristo" antes da fundação do mundo. Eles dificilmente poderiam aceitar que há maldade entre os celestiais e nos celestiais, porque nas suas mentes os celestiais devem ser puros, sem pecado – tudo perfeito.

Este é um exemplo de como a generalidade dos crentes não tem a mínima noção do que são os lugares celestiais e o que espera os santos na sua entrada nos celestiais. E, como aqueles exemplos de tradução, muitas outras explicações mirabolantes são dadas aos textos sagrados... especialmente vão buscar explicações para a Igreja celestial nos escritos do povo terreno de Deus, que nada tem a ver uma coisa com a outra! Podemos ver, sim, sombras da realidade espiritual.

A verdade é que há pecado nos “ lugares celestiais ” – epouranios, os supra-celestiais. De facto, “ os céus não são limpos aos Seus olhos ”. (Jó 15:15).  E, é dito que "Deus não confia em pleno nos seus servos e aos seus anjos atribui imperfeições" (Job 4: 18).

Eles vão ser restaurados um dia, mas agora eles estão debaixo do domínio do Príncipe das Autoridades Celestiais, o "Príncipe dos poderes do ar" (Efésios 2: 2-3). Nos lugares celestiais existem forças espirituais da maldade. Algum dia entraremos nesse seu território. Um dia estaremos literalmente nos celestiais. O universo de Deus é vasto. DEUS está sempre ocupado. Nós vamos trabalhar nos celestiais, e como os celestiais são o que diz aqui, há muito trabalho a ser feito lá. Mas tudo será feito em, por meio de Cristo, na Sua Igreja  (Efésios 3: 21).

Paulo, no plano eterno de Deus e da Revelação do Mistério, escreveu:

"Havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus" (Colossenses 1: 20). E:

"Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem" (Hebreus 8: 1-2).

Porque há um tabernáculo celestial, onde o Senhor entrou, como Sumo Sacerdote celestial, e a Escritura fala de anjos com serviço sacerdotal?

Não esqueçamos que ainda não chegou o tempo que o Senhor colocou todos os seus inimigos debaixo dos seus pés! (Salmo 110: 1, conforme I Coríntios 15: 22-28). Entretanto, Satanás e as suas hostes ainda circulam como se fossem donos da terra e dos céus! Mas, será até ao tempo determinado por Deus. O último inimigo será a morte, que será lançada no lago do fogo! 


Esta imagem é retirada, como ilustração, na experiência de Abraão, quando o Senhor disse: "sai-te da tua terra... e vai para uma terra que eu te mostrarei..."; "E, lá chegaram...". Então, "apareceu o Senhor a Abrão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra" (Gênesis 12).

No entanto, também é dito:

"Nesse tempo os cananeus habitavam essa terra" (v. 6).

Até ao momento que o Senhor, também, para o povo terreno, na terra da bênção que lhes prometera, remover, pelo e com o remanescente, todos os seus inimigos e limpará a "terra prometida" de toda a impureza. Esse é o tema do livro do Apocalipse (especialmente capítulo 14).

Estás preparado para a batalha?

Os nossos dias na terra são uma preparação para esse grande momento. Estás a equipar-te com a armadura de Deus?

Perguntou Josué:

De que lado estás?

«És tu dos nossos ou dos nossos adversários?» (Josué 5: 13)