Compreendendo Atos Dispensacionalmente
O livro
de Atos tem sido um problema para conciliar os seus relatos e o período a
que correspondem com o “Evangelho da Graça de Deus” e, em especial, com o que o
próprio Apóstolo Paulo diz nas epistolas escritas nesse período, designadamente
Tessalonicenses, Coríntios, Gálatas e Romanos.
Estes factos têm levado os ensinadores
a tomar algumas posições divergentes, designadamente:
A) A Igreja é uma continuidade histórica dos
períodos anteriores, desde Génesis;
B) A Igreja começou
em Atos 2 e desenvolveu-se a partir daí… Paulo começou a ensinar o Evangelho do
Reino e, somente depois é que passou a ensinar a Graça;
C) A Igreja começou
com Paulo em Atos 9, 13 ou 15 e assistimos a um período transicional… onde Deus
trabalha e ensina para Israel e para a Igreja ao mesmo tempo! Para estes Atos é
um livro transicional.
D) Israel é um
período intermédio onde Deus dá cumprimento ao Plano de Deus profético de
chamar os gentios, com o Evangelho do Reino e, somente depois de Atos 28 é que
suspende este programa e começa com o evangelho da Graça de Deus.
a. Estes são chamados os
ultradispensacionalistas.
b. Ensinam que há dois corpos;
c. Paulo não ensinou a graça antes! Era Reino!
d. Não há vinda do Senhor para a Igreja “Corpo de
Cristo”; confundem as duas vindas: do mistério e da Profecia
Todos
poderão ter ideias interessantes, mas as contradições e a confusão que criam
são maiores que as respostas que dão.
Especialmente
porque os relatos de Atos não são coincidentes com os relatos que Paulo faz aos
mesmos factos nas suas epistolas: Atos tem uma perspetiva judaica; Paulo tem
uma perspetiva eclesiástica da graça.
Exemplos:
(1)
Gálatas 1:15-17, Paulo diz que, depois da aparição do Senhor no caminho para
Damasco, foi para a Arábia, onde esteve 3 anos, e não para Jerusalém. Lucas é
omisso quanto a isso no seu escrito de Atos. A descrição que faz em Atos 9 faz
entender que Paulo nunca esteve na Arábia e que, depois de convertido e de
estar em Damasco pela primeira vez foi a Jerusalém (Atos 9:19-26).
(2)
Gálatas 1:18-21 diz que, passados 3 anos, Paulo regressou a Damasco e foi a
Jerusalém, onde esteve 15 dias. Lucas diz, simplesmente: "passados muitos
dias" (Atos 9:23). Depois disso Paulo foi para as partes da Síria e
Cilícia (v. 21; Atos 9:30).
(3)
Gálatas 2:1-10 relata os episódios que parecem corresponder a Atos 15, ou seja,
14 anos depois de ter estado em Jerusalém pela primeira vez.
(4)
A contenda e separação de Paulo e Barnabé relatada em Atos capítulo 15:36-41
parece corresponder à descrição de Gálatas 2:11-21, onde o Apóstolo desvenda as
causas da contenda e separação – desvio de conduta conforme a verdade do
Mistério (Atos 15:38 – “Afastara”, gr. “apostanta”, usada em I a Timóteo 4:1
para se referir à “apostasia da fé”). Lendo Atos fica a ideia que se trata de
uma questão “pessoal” de Paulo; mas, no sentido do grego e no sentido relatado
por Paulo aos Gálatas tinha a ver com a “Verdade do Evangelho” (2:14; ver:
2:5).
(5)
A divergência no relevo que é dado por cada um dos autores é acentuada ainda
mais na referência que é dada à carta que os Apóstolos de Israel e os
Presbíteros da Igreja de Jerusalém resolveram enviar às igrejas dos gentios:
Lendo Atos, vemos que o teor da carta versava sobre questões cerimoniais, como
a contaminação moral e religiosa; no entanto, a enfase que Paulo faz na sua
Epístola aos Gálatas, a referência que faz é estritamente moral: “que nos
lembrássemos dos pobres…” (Gálatas 2:10).
(6)
A referência às perseguições de Paulo na sua 2.ª viagem apostólica, em Filipos
e em Tessalónica, narradas por Lucas em Atos 16 a 18, e correspondem ainda à
descrição feita em I Tessalonicenses 2:1-2 e 3:1-8.
(7)
A estadia de Paulo em Éfeso (Atos 19), as dificuldades que lá passou (I
Coríntios 15:32; II Timóteo 1:18), e o tempo que lá passou (Atos 19:10;
conforme 20:31 e I Coríntios 16:8) foram de novo referidas por Paulo nas suas
epístolas nos textos citados.
(8)
As referências feitas por Paulo a Apolo, na primeira epístola aos Coríntios
1:12, 3:4-6, 22; 4:6; 16:12, enquadra-se na descrição feita por Lucas em Atos
18:24-19:1, período correspondente à segunda viagem apostólica de Paulo.
(9)
A coleta das Igrejas da Macedónia e Acaia feita para os pobres da Judeia,
referida em I Coríntios 16:1-9 e II Coríntios 8 e 9, bem como em Romanos
15:23-33, que se localiza no fim da terceira viagem apostólica de Paulo, quando
se dirigiu a Jerusalém e foi preso.
(10)
A referência feita por Paulo na epístola aos Romanos, capítulo 15:23-24, à sua
ida a Roma e Espanha, que se enquadra com o que Lucas escreveu em Atos 23:11.
(11)
Outra questão intrigante é a que encontramos em Atos 28:21 e 22: Parece
descrever Paulo preocupado com a posição dos judeus a seu respeito e do seu
ministério; e, para surpresa de todos, parece que não conheciam Paulo e nada
tinham recebido dos Judeus de Jerusalém qualquer demanda acerca de Paulo. Eles
somente ouviam da “seita”… Também parece estar sozinho ou num grupo restrito,
limitado àqueles que o acompanharam na viajem. Por outro lado, quando lemos
Romanos 16 temos uma descrição enorme de crentes em Roma e, muitos deles,
judeus! Onde estariam eles? A Roma de Romanos 16 parece não ter nada a ver com
a Roma de Atos 28!
Mesmo
assim, encontramos algumas dificuldades em corresponder alguns relatos de Paulo
e Lucas, quer pelo conteúdo, quer pelo tempo: (1) I Coríntios 9:6 Paulo faz
referência Barnabé. Parece estranho essa referência, uma vez que, Barnabé nunca
foi companheiro de Paulo nas suas viagens a Corinto. E, como Lucas é omisso em
muitos relatos da vida de Paulo, leva-nos a perguntar se houve alguma
deslocação de Paulo àquelas regiões antes da separação deles em Atos 15:36-41? E,
onde é que os Coríntios conheceram a Barnabé se ele nunca lá estivera com
Paulo?
(2)
II Coríntios 12:2 relata a experiência de Paulo em ser arrebatado ao Paraíso, há
catorze anos atrás. Por causa dessa experiência é dito que ele recebeu um
espinho na carne (12:7-8). Tem-se feito a correspondência daquele espinho com a
sua limitação física ao nível da visão (II Coríntios 12:1-10; Gálatas 4:13-15;
6:11). O relato dessa experiência parece corresponder com o momento que o
Senhor apareceu a Saulo no caminho de Damasco, descrito em Atos 9:8-19. No
entanto, diz o Apóstolo: "à catorze anos" (II Coríntios 12:2). Se
aceitarmos como definitiva a data da epístola fixada pelos historiadores em 54
AD, então aquela experiência terá de ser datada de 40 AD. Nessa altura Paulo
estava em Antioquia ou na sua 1.ª viagem apostólica. Por isso, alguns datam
essa experiência de Paulo na altura em que, na primeira viagem apostólica, em
Listra, Paulo foi apedrejado e dado como morto (Atos 14:19). No entanto, tudo
isso não passa de especulação. E, se Paulo não localiza pontualmente a
localização dessa experiência é porque não era importante… e sim o seu
conteúdo.
(3)
Outro facto que tem alguma controvérsia histórica é a prisão de Paulo em Roma,
conforme descrito em Atos 28. A generalidade dos historiadores considera que,
passados os dois anos em que esteve preso em Roma (de onde escreveu Efésios,
Filipenses, Colossenses e Filémon), Paulo foi libertado e foi a Espanha (como
era sua intenção, conforme escreveu em Romanos 15:23-24), percorreu as regiões
de Creta, Colossos, Macedónia, Corinto, Nicópolis, Dalmácia e Troas (conforme relatos
dessas localidades em Tito 1:5; II Timóteo 4:10-13, 19-20). Depois, segundo
esses relatores, terá voltado a Roma, terá sido preso e decapitado por mandato
de Nero, em 68 AD. Neste período terá escrito as epístolas a Timóteo, Tito e
Hebreus. Esta posição tem a ver com o facto de Lucas ser omisso em relação a
esses percursos do Apóstolo. No entanto, para muitos outros aquela posição é
pouco provável. Estes, acham que Paulo teve uma liberdade condicional, nos dois
anos referidos em Atos 28:30-31, onde teve um ministério limitado e nunca terá
saído de Roma. Neste período terá - se tanto - ido a Espanha e feito uma ou
outra curta viagem, mas sempre tendo como sede do seu derradeiro ministério
Roma. Neste período de dois anos veio a ser julgado e condenado a pena capital
por Nero, por decapitação. Para apoiar esta posição estão os factos de:
(A) Lucas ser omisso em muitos relatos da vida
de Paulo, e estes seriam mais uns deles – especialmente os relatos de II
Coríntios 6:4-10 e 11:22-33, e isto aconteceu antes de Atos 20, quando escreveu
aquela epístola;
(B) Paulo diz que deixou Trófimo doente em
Mileto (II Timóteo 4:20), o que parece ser coincidente com a sua passagem por
aquela terra, na sua terceira viagem apostólica, de acordo com a descrição de
Atos 20:15-17; Não parece muito razoável que Paulo percorresse toda a Ásia menor
em 2 ou 3 anos depois de Atos 28.
(C) Tiquico, o companheiro de Paulo (Atos
20:4), e que o acompanhou até Roma, foi o emissário para levar as epístolas
prisionais aos Efésios (6:21), Colossenses (4:7) e provavelmente Filipenses e
Filémon. Foi, por isso, enviado por Paulo a Éfeso. II Timóteo 4:12 também diz
que Paulo enviou-o a Éfeso, o que parece ser coincidente. E, depois disso,
nesta mesma viagem, terá passado por Creta a ter com Tito (Tito 3:12).
(D) Outro facto que corre a favor desta
posição é a Idade do Apóstolo Paulo. A data do nascimento de Saulo de Tarso é
apontada como tendo sido a 2 AD. Isto quer dizer que, quando ele chegou a Roma
teria entre 60 a 65 anos. Considerando a vida de Paulo, as suas experiências,
tribulações, perseguições, viagens, entre outras coisas, que são
verdadeiramente desgastantes para uma pessoa, acrescido das precárias condições
de vida que existiam na altura, Paulo estaria bastante desgastado (I Coríntios
6:4-10; 11:22-33). De Roma ele referiu-se a si próprio como "Paulo, o
velho" (Filémon 1:9). Parece impensável que Paulo ainda percorresse grande
parte da Europa do Sul, toda a Ásia menor e, ainda, voltasse a Roma para
morrer!
Conclusão: O Livro de Atos dos Apóstolos não é uma carta
doutrinária, mas um documentário dos relatos das virtudes e das fraquezas da
Igreja no primeiro século. Por isso, não é em Atos dos Apóstolos que devemos
buscar o modelo de conduta para as nossas vidas, mas nas epístolas de Paulo. E,
em caso de "suposta" divergência na narrativa dos factos históricos,
ou mesmo omissões, a base para a compreensão da verdade de Deus são as
epístolas do Apóstolo Paulo. Elas é que contêm a revelação da nossa regra de
fé.
O
Livro dos Atos dos Apóstolos descreve a suspensão do programa profético e da
Profecia (com a introdução da Dispensação do Mistério) e o início do programa
do Mistério: (1) primeiramente relata a demonstração da graça de Deus em salvar
Saulo de Tarso; (2) depois, relata a forma como Deus fez a revelação deste novo
programa, i.e., relata a revelação do que Deus estava a fazer e como estava a
fazer; (3) por fim, relata a reação das igrejas a esta mudança operada por
Deus, ou seja, a reação das igrejas à nova mensagem e propósitos de Deus:
primeiramente das igrejas dos Judeus (crentes do Reino) e das igrejas dos
gentios (depois de implantadas por Paulo na base da graça), como muitas delas
abandonaram os ensinos de Paulo.
Para
melhorar esta discussão, chamamos ao debate, sem quaisquer preconceitos, mas
reconhecendo em todos estes que professam uma fé incondicional na Palavra de
Deus, especialmente no plano que Deus concebeu para salvação de todo o homem na
base da Sua graça, como tendo direito à sua opinião, especialmente porque no
presente tempo não há ninguém que possa invocar ter qualquer dom espiritual de
ciência ou de revelação. Por isso, vejamos alguns pontos invocados por estas
opiniões:
1. Todos que escreveram uma epístola durante o
período de Atos sempre se referiam a esse período de tempo como os
"últimos dias" ou "tempos do fim".
a. Aqui incluem também Paulo e algumas das suas
epístolas, designadamente I aos Coríntios 10:11; Gálatas 4:4; I Timóteo 4:1; II
Timóteo 3:1…
2. Em segundo lugar, considere este facto: Todos
que escreveram epístolas durante o período de Atos esperavam a Segunda Vinda de
Cristo.
3.
Em terceiro lugar, considere estes factos:
A primeira e a segunda metade do livro
de Atos são idênticas. Se uma transição tivesse tido lugar durante o livro de
Atos, então certamente o fim do livro de Atos deveria ser diferente do início.
Mas o fim é idêntico ao início o que significa que nenhuma transição ou mudança
ocorreu durante o período de Atos.
Comparemos os seguintes temas e
versículos:
Nesta comparação a letra A refere-se à
primeira parte de Atos, i. e. capítulos 1 a 14. A letra B refere-se à última metade
de Atos, ou seja, capítulos 15 a 28.
(1) O Reino de Deus foi pregada durante o
período de Atos
A. Atos 1:3, 8:12, 14:22
B. Atos 19:8, 20:25, 28:23, 28:31
(2) Toda doutrina baseava-se em Moisés e aos
profetas durante o período de Atos.
A. Atos 2:14-36 e 3:19-24 e 7:2-60 e 13:15-42
B. Atos 26:22-23 e 28:23, 17:1-2
(3) Os Dias Festa foram observados durante o
período de Atos
A. Atos 2:1
B. Atos 20:16, 18:21
(4) O Batismo nas águas foi praticado durante todo
o período de Atos
A. Atos 2:41, 8:12, 8:38, 9:18, 10:48
B. Atos 16:15, 16:33, 18:08, 19:5
(5) Os doentes foram curados durante todo o
período de Atos
A. Atos 3:7, 5:15, 8:7.
B. Atos 19:11-12, 28:8
(6) Os mortos foram ressuscitados durante todo
o período Atos
A. Atos 9:37-40
B. Atos 20:9-11
(7) Esperança de Israel foi proclamada em todo
o período de Atos (Esperança de
Israel era a esperança da ressurreição que Cristo tinha prometido a Israel em
Mateus: 24:29-31; João 5:25-29, 11:25-26).
A. Atos 4:1-2, Atos 13:32-37
B. Atos 28:20, 26:6-8
(8) Primeiro o judeu durante o período de Atos
A. Atos 1:8, 3:26, 11:19, 13:46
B. Atos 17:1-2, 18:4, 18:19, 19:8, 28:17
(9) Línguas foi praticado durante o período de
Atos
A. Atos 2:4
B. I Coríntios. 14:18 (I Coríntios foi escrito
em Atos 19, compare I Cor. 16: 8 - Atos 19:1-10)
(10) Salvação de Israel foi o motivo principal
da pregação de todos durante o período de Atos.
A. Atos 3:25-26; Atos 2:22-36
B. Romanos 10: 1; 11:12-15 (Romanos era
epístola de Paulo; Atos escrito pela última vez no final do período de Atos.)
(11) Os Demónios e espíritos imundos foram expulsos
ao longo do período de Atos.
A. Atos 8:07
B. Atos 16:16-18, 19:12
(12) Ofertas foram levados para Israel durante
o período de Atos
A. Atos 11:29
B. I Coríntios 16:1-5 (escrito em Atos 19) e
Romanos 15: 26 (Escrito fim de Atos)
(13) O Espírito Santo foi recebido pela
imposição das mãos durante o período de Atos:
A. Atos 8:17; 9:17
B. Atos 19:6
(14) Os homens foram ordenados a arrepender-se
durante todo o período Atos
A. Atos 2:38
B. Atos 26:20; 17:30; 20:21
(15) Deus deu visões aos homens durante todo o
período Atos
A. Atos 9:12, 10: 17
B. Atos 16:9-10, 18:17
(16) Os homens foram ordenados a fazer obras
de justiça durante o período de Atos
A. Atos 10:35
B. Atos 26:20
(17) Julgamento imediato foi dispensado
durante o período de Atos
A. Atos 5:1-11
B. 1 Coríntios. 5:1-5, 1 Coríntios. 11:30
(escrito em Atos 19)
(18) A Segunda Vinda de Cristo foi proclamada
durante todo o período Atos
A. Atos 1:11;
B. I aos Tessalonicenses 1:10 (Atos 17); I aos
Coríntios 1:6-8 (Atos 18-19); Romanos 16:20 (fim de Atos)
(19) Jesus foi pregado como o Messias de
Israel durante o período de Atos
A. Atos 2:36-37 e 8:5, 9:19-22
B. Atos 17:3, 28:23
(20) A Lei foi observada durante o período de
Atos
A. Mateus 5:18-19; Mateus 23:1-3 (Estes versos
são dirigidos aos 12 Apóstolos de Israel e foram obedecidas em todo os Atos).
B. Atos 21:20, Atos 21:24
(21) Anjos ministraram aos crentes de todo o
período de Atos.
A. Atos 5:19, 8:26, 12:7-9
B. Atos 27:23
Aqui estão as 21 principais referências
a doutrinas e práticas que permaneceram ao longo do período Atos. Os crentes
criam e praticavam no final do período de Atos com o mesmo zelo como foi
demonstrado no início do período de Atos.
Além disso, por favor considere estes
factos… dentro da mesma linha de pensamento:
Na última metade do livro de Atos você
encontrará doutrinas e práticas judaicas como são encontradas na primeira
metade:
(1) Em Atos 16:1-3 Paulo circuncidada a
Timóteo…
(2) Em Atos 21:22-24 Paulo raspou a cabeça e
fez um voto judaico….
(3) Em Atos 21:26 Paulo ofereceu um sacrifício
para sua purificação…
(4) Em Atos 28:3-6 Paulo saiu ileso da picada
de uma serpente venenosa (ver Marcos 16:18).
Além disso, por favor considere as doutrinas e
práticas judaicas encontradas no último capítulo de Atos.
Em Atos 28:17 Paulo ainda vai primeiro ao judeu.
Em Atos 28:8-9 Paulo ainda cura os doentes e as
doenças.
Em Atos 28:3-6 Paulo sai ileso da mordidela de
uma serpente (ver Marcos 16:18)
Em Atos 28:20 Paulo ainda está pregando a
esperança de Israel.
Em Atos 28:23 Paulo ainda está pregando o
Reino de Deus.
Em Atos 28:23 Paulo ainda baseia a sua
pregação em Moisés e nos profetas.
Em Atos 28:23 Paulo ainda declara que Jesus é
o Messias de Israel.
No
entanto, há verdades incontestáveis nos escritos de Paulo, relatadas nas suas
epistolas escritas neste período, e que são contraditórias com os seus
discursos relatados em Atos, designadamente:
- A justiça sem lei (Romanos 3:21)
- A justificação gratuita pela fé em Cristo (Romanos 3:22-25)
- A justificação pela fé sem obras (Romanos 4:5, Gálatas 2:16)
- A cegueira de Israel, e sua futura restauração (Romanos 11:25-27)
- Livramento da ira de Deus (Romanos 5:9; I Tessalonicenses 1:10)
- A reconciliação do mundo (II Coríntios 5:19)
- “Nova Criação”: o Corpo de Cristo (II Coríntios 5:17, I Coríntios 12:27, Romanos 12:5)
- Nenhuma diferença entre judeu ou gentio (Gálatas 3:29, I Coríntios 12:13)
- A posse atual da nossa salvação (Romanos 5:11)
- Nosso batismo espiritual no corpo de Cristo (Romanos 6:3-4, I Coríntios 12:13)
- A ausência do batismo com água nesta dispensação (I Coríntios 1:17)
- A nossa posição celestial (I Coríntios 15:49; II Coríntios 5:1-2; I Tessalonic 4:15-16)
- O segredo do evangelho revelado (I Cor 2:7-8; 9:17, Rom. 16:25, Gál 2:7; I Cor 4:1-2)
- Uma nova dispensação (I Coríntios 9:17; Gálatas 3:25)
Todas estas verdades do
mistério (concebidas antes da fundação do mundo) estão em contraste com o que
foi dito pelos profetas desde o princípio e da fundação do mundo, e com os ensinos
do reino (Romanos 15:8; Atos 3:21-24). Não há dúvida que aqueles que defendem a posição de
Atos 28 ou de um período transicional em Atos ao ler estas e muitas outras
passagens, ficam à deriva sem qualquer fundamentação. Mas a resposta para eles
resulta na identificação do segredo do evangelho, e das verdades específicas
dispensacionalistas que s e encontram exclusivamente nas epístolas do Apóstolo
Paulo.
As Epístolas da Prisão
Para além destas
alusões evidentes da "sabedoria oculta" nas epístolas de Atos, ou
seja, escritas durante o período de Atos, não podemos fingir que tudo o que foi
falado nas epístolas da prisão foi uma nova informação ou revelação.
Na verdade, Paulo fala
de "visões e revelações", para que nós aprendamos as verdades do seu
ministério, tanto no princípio do seu ministério como no fim dele (II Coríntios 5:1, I Coríntios 13:12; Atos 26:16).
Além disso, toda esta
informação foi comunicada por revelações a Paulo, durante um determinado
período, e não há divergência ou contradições nelas: seja no início do seu
ministério seja no fim dele. As epistolas de Paulo escritas na prisão tem uma
linguagem tão transparente e uma mensagem tão clara como a linguagem das
epístolas do período de Atos. E, todas as verdades anteriormente referidas
podem ser encontradas nos ensinos das suas epístolas prisionais, também. Sendo
certo que as primeiras têm um caracter mais local, particular e circunstancial
e as epistolas da prisão são mais doutrinárias e gerais.
Filipenses
Por exemplo, Paulo
agradece a Deus da lembrança dos filipenses pela “sua cooperação no evangelho
desde o primeiro dia até agora" (Filipenses 1:5). Esta referência é esclarecedora porque sabemos que
Paulo estava escrevendo da prisão de Roma aos filipenses sobre a contribuição
daqueles que foram chamados ao evangelho aquando da sua visita a Filipos,
durante o período de Atos! (Atos 16:12; 20:6).
As referências
sucintas doutrinárias feitas na sua epistola aos Filipenses, como seja a
transformação do nosso corpo para ser conforme o corpo glorioso do Senhor Jesus
Cristo na Sua vinda é sinal de que eles estavam inteirados do assunto que
teriam ouvido de Paulo na sua estadia naquela cidade. O mesmo se diga deste
mesmo tema como o escreveu aos Coríntios, (I Coríntios 15), e que só lhes
poderia ter ensinado na sua estadia em Coríntios, como o descrito em Atos 19.
Efésios
Da mesma forma os Efésios, a quem Paulo escreve da prisão depois de Atos 28.
Paulo diz que eles foram selados com o Espírito, o Santo, da promessa, depois
que ouviram a palavra da verdade… (Efésios 1:13). E, quando é que eles tomaram conhecimento do
evangelho? Certamente que antes de Atos 28, e mesmo antes de Atos 20:24, pela pregação do evangelho da graça de Deus,
exclusivo para a "dispensação da graça".
«Porém em nada
considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha
carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho
da graça de Deus».
Os dons de edificação referidos em Efésios 4:11-13 parece corresponder perfeitamente com os dons de
edificação relatados por Paulo em I Coríntios 12:27 ou Romanos 12:5:
«Assim nós,
sendo muitos, formamos um só corpo em Cristo, e membros uns dos outros»
Timóteo
Além do considerado, na primeira carta de Paulo a Timóteo, ele relembra o
seu filho na fé do motivo pelo qual ele foi deixado em Éfeso:
«Como te
roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a
alguns que não ensinem outra doutrina…» (1:3)
Então, no momento em
que Paulo escreveu a Timóteo, há um corpo de doutrina que Timóteo tinha de proteger,
em Éfeso. Foi por essa razão que Paulo o enviou lá! Seria impensável Timóteo ir
repreender alguns para não ensinarem "outra doutrina", se ele não tivesse
conhecimento da doutrina, em primeiro lugar.
Na verdade, Timóteo
sabia qual a doutrina que Paulo se referia. Tanto os efésios como Timóteo, que tinham
sido ministrados por Paulo tinham total conhecimento da sua doutrina para esta
dispensação, que lhe fora revelada de forma especial pelo Senhor glorificado e
da glória, mesmo antes de Atos 28 (Gálatas 1:11-12).
Nada de Novo, as
coisas falsas
Reduzir a verdade do
"mistério" revelado a Paulo exclusivamente às epístolas da prisão é fazer
uma distinção que não existe em nenhuma das suas epístolas. A única base para
uma distinção vem do livro de Atos.
No entanto, devemos
lembrar que não é o propósito da epístola dos Atos expor o que Paulo ensinou.
Em vez disso, o seu objetivo claro é para mostrar a queda de Israel e a forma
como eles iriam reagir à nova mensagem: para ficarem inexcusáveis (I aos
Tessalonicenses 2:13-16) e a “ira de Deus cairá sobre eles até ao fim”,
conforme melhor descrito em II aos Tessalonicense 2: «Deus lhes enviará a operação do erro para que creiam na mentira… todos
os que não creram na verdade…» (v. 11) de Deus para se salvarem. Em Atos
encontramos a rejeição contínua dos Judeus à mensagem de Pedro, de Estevão, no
geral, do Espírito Santo e, finalmente, de Paulo.
Pode-se concluir que,
embora haja semelhanças entre as divisões de início de Atos, ou meados de Atos e
a posição de Atos 28, as suas diferenças têm implicações maiores do que se pode
imaginar.
A posição de início de
Atos coloca-nos debaixo da Lei; Mas, a posição de Atos 28 rouba-nos as verdades
preciosas da graça de Deus que são encontradas especialmente nas epístolas de
Paulo escritas nas prisões anteriores à sua chagada a Roma. No entanto, ainda
mais prejudicial é a forma como ela enfraquece a defesa do apostolado especial
e mensagem de Paulo para com aqueles que não veem nenhuma diferença entre as
doutrinas de Paulo com a doutrina dos doze em Pentecostes!
O que é verdade sobre a posição de Atos 28 não é nova, e o que é novo nessa
posição doutrinária sobre vários ensinos da Igreja é que, é verdade que nada de
novo aconteceu em Atos 28, mas muitas coisas terminaram.
COMO ENTENDER ATOS, ENTÃO? ONDE O ENQUADRAR?
Não temos uma resposta
clara e concludente, porque não a encontramos assim nos autores sagrados das
escrituras, mas poderemos deduzis pelas suas palavras e procedimentos.
Especialmente na linguagem de Paulo e nos testemunhos de Pedro e de João.
1.
Primeiramente, teremos de enquadrar a Epístola de Atos
no contexto escriturístico, especialmente da Profecia:
a. De facto, os
dias vividos no Pentecostes, estavam claramente revelados na Profecia e diziam
respeito a Israel: Pedro dá testemunho disso no seu discurso no dia do
Pentecostes, dizendo que se cumpriam profecias, designadamente de Joel (Atos 2:16…);
b. Outra das
profecias que se estavam a cumprir era de Daniel 9, conhecida como os 70 sétimos
de Daniel, onde o Senhor determina 490 anos para completar a Profecia com a
restauração do Trono de Davi e regeneração da Terra com o estabelecimento do reino
messiânico na vinda do Senhor para reinar (vinda profética, que não deve ser
confundida com a vinda segundo o Mistério!).
i.
Segundo esta profecia o Messias morreria no fim do 69º
Sétimo de anos, ou seja, 483 anos antes do restabelecimento do Reino.
ii.
Isso significa que de imediato se seguiria o último
sétimo de anos, ou seja, se seguiriam os últimos sete anos, que seriam
caracterizados pelos dias da grande tribulação, os dias da ira de Deus.
iii.
Disso deu testemunho Pedro no seu discurso no
Pentecostes, conforme relatos do profeta Joel (Atos 2:20).
iv.
Por isso, estava-se a viver os primeiros dias da
grande tribulação.
c. Quando foram
suspensos esses dias de tribulação?
i.
Paulo indica que terá sido no aparecimento do Senhor
glorificado (Cristo da glória, já como cabeça da Igreja “Corpo de Cristo”),
conforme II a Timóteo 1:10-11);
ii.
E fala da Sua conversão a primeira de uma série (assim
no grego) e como uma manifestação da graça de Deus, para exemplo dos que
haveriam de crer no Senhor depois dele (I a Timóteo 1:11-16);
iii.
Paulo fala ainda do aparecimento do Senhor a ele como
a “um abortivo” (I Coríntios 15:8), ou seja, fora do tempo. Sendo o que é
designado de “tempo e estações” (I Tessalonicenses 5:1) as coisas referentes à
Profecia, ao mundo e ao reino messiânico, o que não estava na Profecia era
mistério (a Igreja “Corpo de Cristo”) e, por isso, nesse mesmo contexto, o
aparecimento do Senhor a Saulo de Tarso fora da Profecia e, por isso, no
período do Mistério da revelação da graça de Deus.
iv.
Então, segundo Paulo, o momento da viragem será
localizado em Atos 9, quando o Senhor começa com uma atitude diferente – ira para
a graça / guerra para a paz, tema de todas as epístolas de Paulo: graça e paz.
v.
A partir desse momento a Profecia é suspensa e o
programa messiânico é parado temporariamente até ao momento em que o número dos
gentios é completado e o endurecimento de Israel (remanescente) terminar
(Romanos 11:25).
vi.
Além disso, e segundo a revelação de João, ainda estão
7 anos da profecia para se cumprir até à vinda do Senhor Jesus Cristo, segundo
a Profecia…
1. Então, o tempo
decorrido do discurso de Pedro em Atos 2 até ao aparecimento do Senhor
glorificado a Saulo de Tarso não poderá ser mais que uns meses… pois a última “semana
de anos” da Profecia ficou suspensa no seu início.
2. Por isso,
também, as explicações que dão da destruição de Jerusalém no ano 70 pelos
exércitos de Tito como cumprimento da Profecia, especialmente das descrições
feitas pelo Senhor em Mateus 24, não fazem sentido, pois 7 anos não são 70… e
se o cumprimento fora no ano 70, então Apocalipse já tinha sido cumprido… antes,
até, de ter sido escrito!!! Não faz sentido nem se enquadra com o revelado nas
Escrituras cronológicas.
2.
Assim, a partir de Atos 9 há uma nova dispensação ou
um novo programa de Deus para o mundo, mas não quer dizer que a Igreja
messiânica recebera de boamente essa mudança; os relatos de Atos indicam que os
crentes messiânicos sempre se mantiveram agarrados à lei e opuseram sempre às “novas”
doutrinas da graça e ao facto de Deus estar a salvar os gentios ou a estar a
usar os gentios como os guardiões da verdade – “as colunas e a firmeza da verdade” (I a Timóteo 3:14-16).
a. No entanto,
quando ouvimos e lemos Paulo, ele fala da suspensão da Profecia como se fosse por
um período reduzido e que a vinda do Senhor para a Igreja “Corpo de Cristo”, da
qual ele fazia parte, seria ainda em seus dias. Assim I Coríntios 15:50…: “nós…
nós… nós…”. Ele passa da terceira pessoa do plural: “eles” (da ressurreição da Profecia)
para a primeira pessoa do plural: “nós”, da ressurreição da revelação do mistério:
«Na
verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados… e nós seremos
transformados…». E, também I aos Tessalonicenses 4:17 – «depois, nós, os vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares…»
b. Isto pode
indicar que neste período houvesse alguma tolerância para com os crentes
messiânicos e que ainda esperavam a vinda do Senhor no quadro da Profecia e
restabelecesse o reino em Israel (Atos 1:6-8). De facto, eles foram salvos pela
fé da Profecia e Reino e a sua esperança era exatamente no cumprimento das
promessas de Deus a Israel. Eles não podiam transitar para a graça nem poderiam
passar a pertencer ao “Corpo de Cristo”, pois são realidades totalmente
diferentes.
c. Isso explica
muito do comportamento de Paulo em Jerusalém, ou entre os judeus messiânicos,
quando entre nas celebrações das festas (Atos 20:6, 16; com 21:26; I Coríntios 16:8),
especialmente relatado em Atos por Lucas e nunca referido nas epístolas de
Paulo!
3. Paulo fala, ainda, de “visões e revelações” (II
Coríntios 12:1) e de novas manifestações do Senhor (Atos 26:16). Isto poderá
indicar que as revelações das verdades do Mistério foram progressivas. Ele fala
de “conhecer em parte” em I aos Coríntios 13… e que, quando chegasse ao
conhecimento pleno muitas das manifestações sobrenaturais cessariam,
designadamente os dons. Paulo fala, também, que espera chegar a Roma com “a plenitude
da bênção do evangelho” (Romanos 15:29), ou a “totalidade da revelação”. E,
sabemos que, realmente, depois de chegar a Roma os seus escritos foram mais
objetivamente doutrinários.
a. Então, o
período dos relatos da epístola de Atos foi caracterizado por um conhecimento “em
parte” e o que se vivia nesses dias não era censurado pelos lideres das igrejas…
b. No entanto, e
ao que se refere aos escritos de Paulo, eles já relatavam as verdades da graça
de Deus e eram objetivamente destinadas aos membros da Igreja “Corpo de Cristo”.
i.
Mesmo assim, abordavam alguns temas que tinham a ver
com os judeus e com a integração dos judeus messiânicos no seio das igrejas
locais, que por vezes causavam algumas controvérsias, designadamente I aos
Coríntios em que parece haver alguma “compreensão”; já Colossenses e Timóteo
(depois de Atos 28, com a revelação completa) passa a “cortar” radicalmente com
os judeus contenciosos.
ii.
E, mesmo antes de Atos 28, na circunstância em que a
revelação não estava fechada, nas epistolas de Paulo ele recomendava sempre aos
crentes judeus fazerem a mudança, enquanto estava suspensa a Profecia: esse o
sentido de Romanos 12:1-2; Colossenses 3:1-4.
4.
“Atos” é uma epistola escrita por Lucas (nome grego)
que se crê tratar-se de um judeu chamado “Lúcios” (Atos 13:1; Romanos 16:21),
companheiro de Paulo desde meados d seu ministério. Como Judeu que era dava uma
perspetiva judaica da vida e ministério de Paulo, com vista ao período de
Israel após o termo da dispensação da Graça e no reatamento do programa
profético. Nesta perspetiva temos o testemunho de Pedro na sua II epístola,
3:15-16, quando escreve aos judeus dispersos: “E tende por salvação a longanimidade
de Deus conforme o amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe
foi dada (por revelação)”…
CONCLUSÃO
Assim, e a título de
conclusão, Atos, à semelhança do Evangelho de Lucas, é um escrito de um judeu
para os judeus, numa visão judaica dos últimos momentos da história de Israel
com a vinda do Senhor para Israel, em forma humana simples, sua morte, e permanente
rejeição e revolta da nação que os mergulhou numa nova fase de “trevas”
espirituais que a nação atravessa até que o “Sol da Justiça”, o Senhor Jesus
Cristo apareça e salve a nação da destruição do mundo e das mãos do seu líder na
altura que será o anticristo. Muito provavelmente terá o seu cumprimento e o
seu melhor aproveitamento para os crentes messiânicos da grande tribulação. Atos
não é um escrito acerca da Igreja “Corpo de Cristo” nem foi escrito para ela.
Também não tem qualquer doutrina da revelação do Mistério, nem foi escrito para
o tornar conhecido. A revelação do Mistério não foi revelada a Lucas, mas a
Paulo e é nos seus escritos que encontramos tudo e o que é necessário para a
Igreja “Corpo de Cristo”. E, sendo escritos de uma revelação superior, por ser
celestial e primária (antes da fundação do mundo), servirá de influência em
muitos aspetos na vivência prática da profecia no futuro, conforme Pedro
recomenda, e Atos é um exemplo da demonstração disso… o que será no futuro com
o reatamento da Profecia!
Querer aplicar Atos à
Igreja Corpo de Cristo, ou pretender dar continuidade a Atos nos dias de hoje é
dos maiores erros espirituais que poderemos cometer, pois, além de Deus ter
tornado isso impossível, pois Ele retirou a manifestação dos dons espirituais,
é um modelo de vida inferior ao que Deus tem planeado para a Sua Igreja, que é
celestial e gloriosa, e o seu modelo de vida assenta na Graça de Deus.
«1 Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas
que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. 2 Pensai
nas coisas que são de cima e não nas que são da terra; 3 porque já
estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus» (Colossenses
3).
VP
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