A Verdadeira Espiritualidade na Apresentação do Pregador
Recentemente fui confrontado com alguém a dizer que uma igreja local deixou de convidar um determinado pregador por causa do seu traje. A mim, pessoalmente, já me disseram que não me convidavam em determinada igreja local porque preguei sem casaco, numa noite quente de verão, num culto de edificação!
Conhecendo eu a situação e as pessoas em causa, surpreendeu-me sobremaneira! Isto é, surpreendeu-me na altura, hoje não!
Ficaria preocupado era se me deixassem de convidar por motivos da verdade! E, por esses motivos, sim, (por falta de rigor doutrinário) muitos pregadores estão privados de pregar na nossa igreja local. E, receio muito pela vida espiritual dos membros das igrejas locais onde esses mesmos são convidados para pregar. E, em muitas circunstâncias, a situação é agravada pela qualidade das mesmas mensagens que é bastante fraca, sem consistência nem conteúdo nenhuns, despidos que qualquer mais valia que edifique os crentes!
Por isso, recomendo a todos aqueles os que têm a responsabilidade de ensinar, que aprendam a verdade, ensinem a verdade e não se deixem enganar com falsos discursos e por opiniões de responsáveis das igrejas locais, algumas vezes frustrados pessoalmente e profissionalmente, cujos conselhos, em grande parte, são inspirados pelas suas mulheres, cheias de mexericos, carregadas de invejas, de novelas, e não da Palavra de Deus.
Diz o Pregador:
«Portanto, cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação» (Romanos 15:2).
Esta é a verdade, agradar no que edifica, e não na resposta a caprichos e a “mexeriquices”, “fábulas judaicas, profanas e de velhas”, como escreveu o Apóstolo Paulo.
Outra verdade prática do Mistério, importante, foi escrita pelo Apóstolo Paulo a Tito:
«Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé, não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade. Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes, o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra.» (Tito 1:13-16)
Já lá vai o tempo que os pregadores tratavam as coisas de Deus com severidade, pregavam com ousadia, com entusiasmo, com coração e consciência! Mas, não: têm de se ter tolerância. Falar sem ferir; pregar tipo a entreter. Pois, não se pode falar de divisões, se se têm divisões em casa e na igreja; não se pode falar de educação, porque ela não existe na família; não se pode falar de assiduidade nos cultos, porque a família não vai; não se pode falar do mundo, porque o mundo está em sua casa; enfim, falar de quê e para quem?
Mas, diz mais o Pregador:
«Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão» (Gálatas 5:1),
e:
«E isso por causa dos falsos irmãos que se tinham entremetido e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão; aos quais, nem ainda por uma hora, cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós. E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram; antes, pelo contrário…» (Gálatas 2:3-7).
Quando ouço os comentários que se fazem nos bastidores – uns dos outros – e chagam aos meus ouvidos, vejo como os ensinadores e especialmente os anciãos estão longe da verdade do Mistério: a verdade prática do Mistério. E, aquilo que lêem nas Epistolas de Paulo nada lhe ensina.
Quem definiu que um pregador deve pregar, necessariamente de gravata? Ou de casaco? E a cor e feitio da camisa e do fato? Algumas denominações, para evitar este tipo de problemas usam uma batina! Em algumas igrejas locais e na cabeça de alguns dos seus anciãos existe um batina é nas suas consciências! Por isso, considero verdadeiramente escandaloso este tipo de atitude entre os irmãos e entre as igrejas que, supostamente estão em comunhão.
E digo, não se deixem condicionar com o exterior, mas com a apresentação da verdade e andar na verdade.
Aqueles que têm a responsabilidade de anunciar o Evangelho da graça de Deus devem apresentar-se decentemente, sem exageros nos trajes e, na medida do possível, bem vestidos, tendo em consideração a hora, o local, o momento e as pessoas. Quando ouvia o dito irmão a falar deste assunto reparei que tinha acabado de pregar a Palavra de Deus e com uma camisa mal dobrada, a gravata mal colocada e a camisa sem apertar. Na nossa sociedade seria considerado uma apresentação paupérrima… criticável. Eu, mais preocupado com a mensagem e seu conteúdo, nem dei importância; mas, para os críticos judaizantes, o importante era apresentar-se de gravata e de casaco! Extraordinário! O dito pregador esqueceu-se de se ver ao espelho antes de sair de casa, nem para ver a sua imagem, nem para ver a sua mensagem! Não sentiu vergonha! Mas, vergonhoso é um pregador ir pregar a uma igreja bem vestido e a sua mulher e filhos ficarem em casa a jogar playstations, as mulheres a verem novelas, e eles mesmos, em outras ocasiões a recusarem convites para verem futebóis, etc., etc., etc. Vergonha é um pregador, sendo casado, ir pregar a uma igreja sozinho, sem a família a acompanhá-lo! É vergonhoso e perigoso!
Isto poderá surpreender muitos crentes; Mas, a mim já não me surpreende. Os resultados negativos do que semeamos são colhidos a seu tempo. Isto é somente um pequeno sinal que explica a falta de entendimento da verdade do Mistério do ponto de vista prático. Isto explica o afastamento dos ensinadores, dos anciãos, dos crentes, dos seus filhos e das respectivas mulheres das reuniões de estudo bíblico e especialmente nas reuniões de ensino doutrinário. Isto responde a pobreza de conteúdo das mensagens que se ouvem, dos erros e da falta de consistência nas suas exposições que é apanágio nas suas mensagens. Isto explica a repetitividade dos seus temas e a falta de originalidade dos mesmos, que é sintoma de falta de estudo! Isto explica a falta de actividade das suas igrejas locais, não obstante terem jovens, e muitos crentes professos, mas desmotivados e, por vezes, desencaminhados e divididos!
Além disso, normalmente, aqueles de onde partem este tipo de quezílias são pessoas carregados de problemas, pessoais e espirituais, consigo próprios e com outros crentes, com a sua igreja e com outras igrejas, etc. Estai atentos!
O que me entristece é ver como os crentes vivem descomprometidos com a Verdade de Deus e agarrados à sua religião. E, quando se tornam religiosos olham para o exterior, o que os motiva é a competitividade, e os resultados são as divisões. E, só há uma coisa que nos pode unir: O Espírito Santo e a Verdade. É lá e ali onde todos nos podemos encontrar, pois é o ponto de união. Não é o “ponto de União” que vem ao nosso encontro; nós é que temos de estar no ponto de convergência da união. Quem não estiver nesse vértice está afastado do ponto de convergência… num circulo afastado. Isto, e só isto, explica as divisões provocados pela carnalidade dos membros do Corpo!
Estas palavras não são para todos, mas para aqueles que amam a verdade, de verdade e estão comprometidos com a verdade e querem servir a Deus segundo a verdade!
Sê um deles.
"A maior mensagem de Deus em todos os tempos foi dada por alguém totalmente despido: O Senhor Jesus Cristo na Cruz do Calvário. Os religiosos da altura ficaram presos à nudez do Senhor, e permaneceram perdidos; os santos estavam fixos na mensagem e foram confirmados na fé!"
O Senhor de toda a graça seja com todos nós.
VP
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